A PUNIÇÃO DA MULHER, A NUDEZ E A VIDA QUE VÊM DE DEUS, DA SERPENTE E DA MULHER (Gn 3,9-20)
A PUNIÇÃO DA MULHER, A NUDEZ E A VIDA QUE VÊM DE DEUS, DA SERPENTE E DA MULHER (Gn 3,9-20)
O BATISMO DE JESUS NA PERSPECTIVA JUDAICA E SEU SIGNIFICADO PARA OS CRISTÃOS (Lc 3,15-16.21-22)
Batismo na perspectiva judaica e no cristianianismo
O sentido da morte e da vida!
O TIGRE E O BURRO, O ESCRITA E JESUS, O AMOR E A LEI EM MC 12,28-34!
São Judas Tadeu: o impossível e as mentiras do Presidente
A paciência da semente e o Reino de Deus em Mc 4,26-34
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SALMO 22: O SENHOR É MEU PASTOR!
O cuidado e o pastoreio no Sl 22
ZAQUEU: O “HOJE” DE UM MILAGRE, O ACOLHIMENTO DO SALVADOR, EM LC 19,1-10
Lc 19,1-10: Zaqueu, o hoje deu um milagre!
CRISTO, REI DO UNIVERSO, E O JUÍZO FINAL NA INSPIRAÇÃO DE MT 25,31-46
Não existem três tipos de amor!
Madalena: uma mulher além do seu tempo e não prostituta!
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Nas ondas do mar da vida há sempre um pai a nos dar as mãos. Mt 14,22-33
Nas ondas do mar da vida há sempre um pai a nos dar as mãos. Mt 14,22-33
Doença, saúde e sofrimento na Bíblia e nas religiões
Doença, saúde e sofrimento na Bíblia e nas religiões
Frei Jacir de Freitas Faria,OFM
Jesus, nascido de uma mulher e vindo de Nazaré, sabe como bom judeu, que ele passa pelo tempo cronológico (dias, meses, anos), mas o seu objetivo é voltar ao tempo cósmico (eterno e infinito), ao tempo de Deus. A comunidade joanina, pensando nisso, começou o seu escrito afirmando: “No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus” (Jo 1,1).
“E a Palavra se fez ser humano e habitou entre nós” (Jo 1, 14). É como se a comunidade de João quisesse dizer: ela (Palavra-Deus) se fez humano para nos tirar da situação de humanidade e nos devolver ao estado de graça, ao tempo divino e eterno.
Assim, o Eterno se fez terna Torá (Caminho, Conduta, Pentateuco) para nos devolver ao Eterno. Durante a vida terrena, cada um é chamado a cumprir a obrigações da Torá. Somente com a morte estamos livres dela. O tempo de cada um é marcado pelo nascimento e pela morte. E entre esses dois pontos está a encarnação. E Jesus se encarnou no meio de nós para nos evangelizar.
Ele pregou a Boa Nova do Reino de Deus. Evangelização e encarnação caminham juntas. Por isso, não bastavam às comunidades dos evangelhos demonstrar que Jesus fora judeu plenamente. Era preciso demonstrar que a Torá caminhava com ele, que ele era a Torá.
Nesse sentido, é que podemos entender memória, conservada por todos os evangelhos canônicos do batismo de Jesus. Em todos os textos encontramos: “O Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba” (Mc 1,9-11: Mt 3, 13-17; Lc 3, 22 e Jo 1, 32-34). O que isso quer dizer?
A pomba, em hebraico Yoná, também Jonas em português, é uma ave frágil, de notória candura e fiel ao seu companheiro. Por isso, os judeus fizeram dela o símbolo da paz e do povo de Israel. Israel quer a paz, mas vive sempre, por causa da sua fragilidade, perseguido pelas nações do mundo. Hoje, não sei poderíamos dizer o mesmo de Israel.
Basta ver a sua atitude em relação aos Palestinos. A pomba só pode se defender com as suas duas asas. Assim também Israel só pode defender-se com a Torá, dada ao povo em duas tábuas. A pomba passou também a ser imagem da Presença divina. No batismo de Jesus, a Torá-Pomba desce sobre Jesus e o confere a dignidade de Torá-Personificada. Torá confirma Torá.
Os cristãos compreenderam no batismo de Jesus que Deus mesmo se lhes oferecia em Jesus, em forma de Torá. A presença simbólica de uma pomba no batismo de Jesus quer ser a sua confirmação como israelita, judeu e membro do povo de Deus, que se faz presente como sinal de esperança e força na fragilidade e candura de uma Yoná.