A PUNIÇÃO DA MULHER, A NUDEZ E A VIDA QUE VÊM DE DEUS, DA SERPENTE E DA MULHER (Gn 3,9-20)
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O BATISMO DE JESUS NA PERSPECTIVA JUDAICA E SEU SIGNIFICADO PARA OS CRISTÃOS (Lc 3,15-16.21-22)
Batismo na perspectiva judaica e no cristianianismo
O sentido da morte e da vida!
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CRISTO, REI DO UNIVERSO, E O JUÍZO FINAL NA INSPIRAÇÃO DE MT 25,31-46
Não existem três tipos de amor!
Madalena: uma mulher além do seu tempo e não prostituta!
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Nas ondas do mar da vida há sempre um pai a nos dar as mãos. Mt 14,22-33
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Doença, saúde e sofrimento na Bíblia e nas religiões
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22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
A sedução da cruz e do sofrimento: releitura não muito feliz do seguimento de Jesus
Frei Jacir de Freitas Faria, OFM
I. INTRODUÇÃO GERAL
Na modernidade, o discurso do sofrimento não atrai ninguém. Tomar a cruz e seguir Jesus é tornar-se um inconformado com as injustiças sociais. Vejamos como as leituras de hoje, no dia da vocação do leigo, podem nos iluminar em uma nova trajetória de fé.
II. COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS
Após ter chamado Pedro de satanás e pedra de tropeço em sua vida, Jesus convoca seus discípulos a tomar, cada um, a sua cruz, segui-lo, negar a si mesmo e perder a vida por causa dele. Ao longo de séculos, desde os seus primórdios, muitas interpretações dessa passagem bíblica deram rumo à vida de muitos cristãos. Martírio, sofrimento buscado por vontade própria, flagelação do corpo e tantos outros exemplos poderão ilustrar o corolário de ações de cristãos para encontrar a salvação.
A cruz era um dos instrumentos usados pelos romanos para matar escravos e condenados por rebeldia pelo império, os quais, nus, agonizavam na cruz. Morrer crucificado era o “suplício mais cruel e terrível”, segundo o historiador da antiguidade, Flávio Josefo. E o que é pior, antes de ser crucificado, o condenado podia ser torturado, e até mesmo crucificado de cabeça para baixo ou empalado no poste da cruz, de forma obscena. Os judeus sabiam muito bem o que era a crucifixão, pois muitos deles morreram assim. O judeu seguidor de Jesus, com certeza, foi tomado de espanto, com essa proposta de seu mestre: tomar a sua cruz, de livre e espontânea vontade, e segui-lo, sabendo que iria morrer de forma tal e cruel. A lembrança desse ensinamento motivou muitos cristãos a aceitarem o martírio como caminho de testemunho da ressurreição de Jesus e consequente salvação no reino escatológico. Com o fim do martírio, pois o império romano acabou aderindo ao cristianismo como religião de seu estado, viu-se fortalecida a teologia do sofrimento pessoal que acabou em resignação, sobre o qual mencionamos acima. Essa visão ainda perdura em nossos dias.
Jesus, ao repassar tal ensinamento, estaria aludindo à consequência lógica da adesão ao reino de justiça que ele pregava. Quem se colocava contra o império acabaria na cruz. Não havia outro caminho que não fosse o de perder a própria vida. Ele não propôs sofrimento pelo sofrimento. Isso é masoquismo! Masoquismo e resignação, sofrer calado, não têm espaços no reino.
Nessa pequena leitura de hoje, Paulo segue o pensamento das leituras anteriores. O cristão é convidado por ele a oferecer o seu corpo como hóstia viva, santa e agradável a Deus, como culto espiritual. Para além dos sacrifícios ritualistas judaicos, a comunidade cristã torna-se uma presença visível de Jesus ressuscitado. Ademais, o cristão não deve se conformar com esse mundo, mas transformá-lo. Tomar a cruz e seguir Jesus, como atestou o evangelho de hoje, tem aqui a conotação de não se deixar iludir pelo poder, pompa, dinheiro e seus esquemas injustos, mas solidarizar-se com os pobres e lutar contra a exclusão. Nada de sofrimento pelo sofrimento.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO